A chefe do Executivo ressaltou a relevância do movimento de revitalização do espaço, que integra o acervo de patrimônio arquitetônico e histórico da cidade. "A Beneficência Portuguesa também é um patrimônio imaterial de Pelotas, porque conta uma parte da nossa história, da saúde, do atendimento hospitalar, de tantos pelotenses abnegados que passaram por aqui e deixaram sua marca. Remete-nos para um sentimento de respeito e admiração por toda essa trajetória. Fico muito feliz de participar deste momento, que mostra que com a união de forças é possível entregar uma cidade melhor”, afirmou. 

Para o presidente da Sociedade Portuguesa de Beneficência, Francisco José Leal Serra, é um momento que carrega muitas simbologias e histórias, e que marca a retomada do processo de devolução da Capela para o uso da comunidade pelotense. "Enfrentamos algumas dificuldades, devido a uma série de exigências e técnicas, e estamos recuperando esse importante patrimônio: um espaço que, além de religioso, de auxílio de fé para todos que frequentam o hospital, servirá para diferentes atos e eventos voltados à cultura".

A obra da Capela

Devido ao risco de desabamento de parte da estrutura, o local foi interditado em 2009 e, desde então, teve início a mobilização pela sua revitalização. A primeira parte do restauro durou seis meses e consistiu na troca do madeiramento de cobertura do telhado e na substituição das telhas antigas de fibrocimento por telhas portuguesas. A segunda etapa da obra prevê o restauro da semicúpula e os adornos em estuque. A requalificação conta com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) do Estado e também com o patrocínio da empresa Josapar. O projeto para essa fase foi orçado em R$ 595 mil e, para a fase dois, em aproximadamente R$ 700 mil. 

O evento, que integra o início das comemorações da Semana da Pátria e dos 200 anos de independência do Brasil e, também, as festividades dos 165 anos de fundação do hospital, comemorados no dia 16, contou ainda com as presenças do representante do Conselho Estadual de Cultura, Plínio Mosca; do secretário municipal de Cultura, Paulo Pedrozo; da diretora da empresa de produção cultural Santa Fé, Josiele Castro; da engenheira, de arquitetos e de restauradores envolvidos na obra.