Fazendo parte do conjunto de prédios históricos ao redor da Praça Coronel Pedro Osório, o Casarão 6 tem estrutura imponente e presença marcante, que fascina as pessoas que circulam à sua volta. Construído no ano de 1879, o patrimônio serviu de moradia para o Barão de São Luís Leopoldo Antunes Maciel e sua esposa Cândida Moreira de Castro e posteriormente a sua descendente Otília Maciel, casada com José Júlio de Albuquerque Barros. 

Sua fachada possui uma pequena fonte e duas escadas circulares em mármore que direcionam a uma varanda, onde está a entrada para o interior da casa. O casarão contém dois pavimentos e um porão que trás a curiosidade da população e dos turistas sobre quais eram os usos no período colonial. Conforme os estudos, não há registros de escravos residindo no porão, no entanto, neste casarão há presença de uma senzala. 

No que diz respeito a sua planta apresenta-se em formato de “H”, sendo sua frente a maior em comparação a outros casarões. Devido a cultura da época, os quartos dos moradores eram divididos entre homens e mulheres. Ao longo dos anos, o prédio serviu de espaços para secretarias municipais de Pelotas e desde 2005 permanece fechado. Eventualmente abre portas para alguns eventos como o Dia do Patrimônio e visitas guiadas previamente agendadas. 

Felizmente o casarão 6 foi o patrimônio escolhido para integrar-se ao Edital 10/2021 + Museus, do programa Avançar na Cultura, da Secretaria do Estado da Cultura (Sedac), para realização da ação Museu da Cidade. Serão destinados R$ 6 milhões de reais, sendo R$ 1,5 milhão por parte da prefeitura e R$ 4,5 milhões responsabilidade do Estado. 

Através de colaboradores profissionais de múltiplas áreas do conhecimento, o projeto tem o objetivo de não apenas ser um museu no que se refere ao passado pelotense, mas abordar também as culturas presentes no município. De acordo com a fala do diretor do Theatro Sete de Abril e responsável pela equipe de implantação do Museu da Cidade, Giorgio Ronna, o casarão 6 “[...] permitirá um diálogo vivo entre as tradições históricas da cidade com as práticas artísticas contemporâneas.”

A partir de 2022, a prefeitura terá o prazo de dois anos para execução do projeto, sendo a primeira parte destinada às estruturas físicas como pinturas, restauro, tratamentos de esquadrias, acessibilidade, instalações elétricas, etc. Enquanto a segunda parte estará reservada com foco nas áreas artísticas, equipamentos tecnológicos e imobiliários, comunicações visuais e sensoriais e montagem do material exposto. 

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Saiba mais informações sobre a elaboração e execução do Museu da Cidade acessando o site oficial da Prefeitura de Pelotas

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Fonte: Dicionário de História de Pelotas; Youtube: “Nosso Patrimônio - Casarão 6” Canal: Prefeitura de Pelotas

Imagem: Letícia Mallie

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