Theatro Guarany
Localizado na Rua Lobo da Costa, 849, no bairro Centro de Pelotas, o Theatro Guarany neste último sábado (30) completou 101 anos. Um século de história na cidade e ao longo destes anos não só presenciou, como marcou fatos históricos e realizou feitos importantes para os pelotenses e turistas.
No início do século XX, em Pelotas havia o Theatro Sete de Abril que permitia apenas a entrada de visitantes com casaca e alta classe, após a construção e inauguração do Theatro Guarany às peças teatrais tornaram-se mais acessíveis. Não era mais necessário a platéia portar esta vestimenta e as poltronas valiam entre 12$ a 2500$, entretanto, ainda não era permitido a entrada de pessoas negras no local.
A administração estava sob coordenação de Rousaro Zambrano, Francisco Santos e Francisco Vieira Xavier que juntos criaram a empresa Zambrano, Xavier & Santos, contudo, esta sociedade não avançou com o passar dos anos e após esta ruptura, o teatro seguiu pertencendo somente a família Zambrano, atualmente presididos por Andréia e Suzana Zambrano que coordenam até hoje.
Desde a implementação do prédio até a abertura das peças, o teatro foi muito aclamado pela imprensa e pelo público geral, tendo em sua estreia a ópera O Guarani, de Carlos Gomes, apresentado pela Companhia Lyrica Italiana Marranti. Trouxe marcos importantes para a arte em Pelotas, tornando-se também um cineteatro de grande projeção arquitetônica e cultural. Investiu em salas com cinemas sonoros, tecnologia e trazia os filmes mais bem avaliados e populares para a época. Suas exibições cinematográficas foram realizadas entre os anos 1921 a 1996, encerrando devido a baixa demanda.
Atualmente o prédio mantém suas atividades para além de peças teatrais, o espaço está aberto para cerimônias solenes de formaturas, shows, bailes, eventos, espetáculos e ballet e visitas guiadas. O turismo amplia a capacidade de utilização de locais históricos, tornando-os atuais para quem os utiliza. Estas novas formas de usos geram sentimentos de pertencimento e reconhecimento para com estes patrimônios, que em troca oferecem aos turistas e a população local lazer e conhecimento cultural e histórico.
Fonte: Dalila Hallal e Dalila Müller
Imagem: Cartografia dos Palcos
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